quinta-feira, 31 de julho de 2008

Chegou o SENER RECLAME, use-o.

O Sener Reclame surgiu em um bate papo de colegas amigos, onde sempre se questionou quem é o sindicato. Nesse derradeiro encontro surgiu muitas idéias de como se fazer atuante, como se mostrar organizado, como manifestar a indignação reprimida ante a falte de oportunidades ofertadas aos associados, levando em conta dentre muitas, o fechamento de várias delegacias, a ausências de visitas de diretores, delegados, funcionários nas varias localidades distantes, para que possamos tirar as nossas dúvidas, fazer as nossas queixas, dar a nossa opinião e apoio.
Há muito tempo por essas bandas pairava a idéia de um abaixo assinado. Estando as vésperas de mais um acordo coletivo, talvez na montagem de alguma pré-pauta, mas até o momento, ninguém, a exemplo de outras datas base, chegou por aqui para sentir a febre da galera. Essa desmobilização favorece a fragmentação, e nós, somente nós é que podemos dizer sem alguém precisar ficar nos afirmando, que somos as células do verdadeiro sindicato.
Por ultimo surgiu o blog e eis a idéia com corpo.

Ora, mudanças...

Em roda de amigos, quando tem algum colega mais antigo, seja momentos antes do trabalho, ou um jantar, uma confraternização qualquer, sempre surge a pergunta: Por onde anda o nosso sindicato? Aquele tão aguerrido de outrora, tão presente, preocupado, onde esta?
O que justifica esse distanciamento, esse silêncio, essa inoperância?
Estamos vivendo ainda de conquistas passadas, saudosistas dos velhos tempos do bom sindicalismo, onde ainda se usava o termo “pelego”, parece que pelegagem contagia e talvez não seja de bom alvitre, fazer uso do mesmo ultimamente, ou será a minha nostalgia pregando uma peça? Insistindo em fazer uso de algum bordão conhecido do meio sindical, mas há muito tempo em desuso?
Um dia alguém que admirei muito, e admiro, em um dos raros contatos manifestava a esperança, de não me ver mudado. Fiz uma pequena reflexão, e vi em mim algumas transformações, que o tempo se encarregou de criar; Perdi alguns amigos, uns pelo esquecimento, outros por causas da renovação natural, que teimamos em não aceitar... Mas se agregaram muitos outros; Alguns valores esvaíram-se ao tempo, os permanecidos enraizaram fortalecidos; Cabelos brancos, serenidade, um senso de justeza um pouco mais aprimorado, enfim... A experiência que teima em chegar em seu ápice, quando já estamos esfolados de tanto apanhar nessa caminhada. Nas relações onde apenas um lado cede, se fortalecem os sentimentos indignados, e via de regra, direi ao meu admirável e ilustre amigo, se tiver oportunidade, que é no alto da indignação que se revela o nosso mais autentico intimo.
Mas ai vem à pergunta, e o nosso Sener tchê?? Bah!!! Fui Delegado... Do entusiasmo das lembranças, à realidade no olhar incrédulo dos mais novos. Era diferente... Eu estou diferente! A empresa mudou, as dinâmicas, a economia, os sistemas, as relações e, junto a esta, a assustadora e inevitável era digital, o medo medonho da informatização veio também ali, coladinho. Parece piada, mas éramos o maior patrimônio, somos hoje, rindo da antiga ojeriza ao avanço brutal da informática, números... Uma involução que me deixa pouco à vontade, mas que agrega uma tal de cautela, instrumento importante, nesta minha metamorfose evolutiva.
O nosso Sener também mudou... Tem uma gama de serviços a oferecer, é uma empresa moderna e esta focada em objetivos diversos, todos de cunho capitalista, não esta diferente do mundo moderno, todo direcionado para o ganho econômico em detrimento da vida, seja humana ou não, qual, deveria ser a causa mais nobre. O nosso Sener como o mundo moderno, que não se apercebe da agonia do planeta, segue a sua trajetória de ganhos, alheio a demanda mais cara da sua razão de existir. Se no mundo relutamos em fazer a nossa parte na defesa do planeta, por minúscula que ela possa parecer, vamos igualmente nessa levada da onda, assistindo, aceitando preocupados e cada vez mais dispersados, o gargalo se afunilar sempre mais e mais, no campo sócio-laboral.
São muitas às vezes em que nos questionamos, se ainda vale a pena continuar a apostar, ou até rezar que chegue logo, a nunca antes tão sonhada aposentadoria. Isso é como tentar esconder a cabeça no próprio umbigo, sem se importar com quem esta passando, ou ainda vai passar por aqui, a exemplo da vida na terra, a uma ligação.Também nunca pensei que aquela antiga raiva, tornar-se-ia uma saudosa e desesperante constatação, de como era bom e importante, ter aqueles poucos pelegos, vil sinônimos de uma classe antes organizada.